"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu." Ec 3.1
Essa passagem descreve muito nosso relacionamento.
Dois artistas, bailarinos, trabalhando na mesma área, com o mesmo ciclo de amizades, frequentando os mesmos lugares, eventos, apresentações e festas… tantas vezes no mesmo lugar e, ainda assim, nunca nos encontramos de verdade.
Durante anos, tivemos inúmeras oportunidades, mas nada aconteceu. Talvez não fosse pra ser. Talvez não teria dado certo. Pois o tempo certo para nós é agora.
Curiosamente, já nos seguíamos nas redes sociais. Provavelmente, em algum desses eventos, houve um breve contato que nos levou a isso. Mas nada que marcasse. Simplesmente não nos notávamos. Até que, de repente, do nada, começamos a conversar pelas redes sociais.
Uma conversa que mudou tudo...
Quando começamos a conversar, cada um de nós tinha uma ideia bem diferente sobre o outro. Ele achou que ela não daria bola, por causa da imagem difícil de decifrar que passava nas redes sociais. Mesmo assim, arriscou e puxou assunto. Ela, por sua vez, pensou que ele fosse só mais um com papinho furado, porque a abordagem dele foi… digamos, bem peculiar.
Mas, logo no primeiro dia, nos surpreendemos. A conversa encaixou, foi ficando interessante. Ele descobriu que ela era o oposto do que imaginava: ainda intrigante, mas simples, firme e segura sobre o que queria para a vida. E ela percebeu que, de papinho furado, ele não tinha nada. Sabia conversar, tinha ideias interessantes e uma visão de mundo que a encantou. Desde o início, nos sentimos conectados de um jeito inesperado.
Nos primeiros dias, a vontade de nos conhecermos pessoalmente só aumentou. Achávamos curioso o fato de já termos tido tantas oportunidades de cruzar caminhos antes, mas nunca de realmente nos encontrado.
Então, ele tomou a iniciativa e fez o convite para o primeiro encontro. E não foi em qualquer dia… foi em um sábado de carnaval! Ela pensou: “No carnaval, todo mundo quer curtir a solteirice, e esse cara tá me chamando pra sair? Esse é pra casar!”
E foi assim: nosso primeiro encontro aconteceu em um sábado de carnaval.
Amor de carnaval, amor pra vida...
Desde o nosso primeiro encontro, tudo fluiu de forma tão leve que parecia até história já escrita. A conexão imediata, um encantamento à primeira vista. Como dizem por aí, fomos mesmo os verdadeiros emocionados… e não nos desgrudamos mais. Desde o começo, passamos a nos ver com frequência, a fazer tudo juntos. Foi intenso, foi natural, foi simplesmente nosso.
E então, com apenas seis meses de namoro, tomamos uma decisão que até nós chamamos de loucura: resolvemos casar e já marcamos a data. Sabíamos que, para quem olhasse de fora, parecia precipitado, mas dentro de nós havia uma certeza inabalável de que queríamos seguir juntos. Não éramos mais tão jovens, já conhecíamos nossos caminhos, nossos desejos e o que buscávamos no amor. Mesmo assim, guardamos essa decisão só para nós. Mantivemos tudo em segredo, planejando com calma e cuidado.
Quando completamos um ano de namoro, começamos a transformar o sonho em realidade: correr atrás dos detalhes, fechar contratos, dar forma ao que já sabíamos desde o início. Foi então que contamos às pessoas que iríamos casar. E, claro, não poderia ser em qualquer data.
Escolhemos casar na mesma semana em que completamos dois anos juntos. Em outro sábado de carnaval. Porque nosso amor nasceu no carnaval, e não havia momento mais simbólico para celebrá-lo. E, como se o universo quisesse nos presentear com mais um sinal, a data escolhida também caiu no dia 14 de fevereiro: Dia de São Valentim, o padroeiro do amor.
A gente sempre disse que nosso amor estava destinado a acontecer. Aconteceu do jeito que tinha que ser, no tempo exato que tinha que ser. E agora estamos prontos para celebrar essa história que o destino guardou para nós.